“Hari Om Tat Sat”
Hari é um dos nomes de Vishnu, uma das principais divindades do hinduísmo. Hari representa a graça e a compaixão de Deus, que remove os obstáculos e os sofrimentos dos seus devotos. Hari também significa “aquele que tira” ou “o removedor”, pois ele tira as impurezas e as ilusões da mente humana.
Hari, é a Segunda Emanação do cristianismo gnóstico, também chamada de Barbelo (Barbelô) , é o Segundo Logos, que é o princípio da vida e da forma é conhecido no cristianismo histórico por Espírito Santo. O Segundo Logos é a expressão do Pleroma, ou a plenitude divina, que contém todas as emanações ou eons. O Segundo Logos é o intermediário entre o Primeiro Logus (O Uno) e o mundo material, criado pelo Demiurgo, uma entidade inferior e ignorante que se opõe ao Deus supremo.
A Tríade Logóica é completada pelo Terceiro Logos, Christòs, O Filho Unigênito, que é a Primeira Emanação e o portador da gnose, ou o conhecimento secreto e salvífico que liberta o homem da escravidão do mundo material.
Hari para os Hindús ou o Segundo Logos ou Segunda Emanação para os gnósticos são, ambos, aspectos da manifestação divina, que atuam como mediadores entre o absoluto e o relativo, e que oferecem aos seres humanos a possibilidade de se libertarem da ilusão e do sofrimento. Ambos também são associados à palavra, à sabedoria e à criação.
Om é o som primordial do universo, a vibração cósmica que sustenta toda a criação. Om simboliza a consciência universal, a essência de tudo o que é. Om é o nome mais sagrado do Deus Uno, o Inefável ou Ein Soph, que engloba todos os seus aspectos e atributos, possuindo em si o arquétipo da perfeição universal e divina. Om também é composto de três sons: A, U e M, que representam os três estados de consciência: desperto, sonho e sono profundo. O silêncio que se segue ao Om representa o quarto estado, que é a verdade absoluta, além de qualquer dualidade.
Om é o Primeiro Logos, o Uno, ou o Bem, que é o princípio da vontade e do poder. O Uno ou o Om é a fonte de toda a realidade, que se desdobra em múltiplas emanações ou hipóstases. O Uno é transcendente, inefável e perfeito, e não pode ser conhecido diretamente, mas apenas através dos seus reflexos. O Uno é o objetivo supremo da alma humana, que busca retornar à sua origem divina, através da ascensão espiritual.
O Om ou Primeiro Logos é o verdadeiro aspecto da realidade suprema, que é inexprimível e incompreensível, e que só pode ser apreendida pela intuição ou pela experiência mística. Ambos também são associados ao som, à vibração e à unidade.
Sat sit ananda e saccidānanda
Sat sit ananda (adjetivo) é uma expressão sânscrita que significa “existência, consciência, êxtase”. Ela descreve a natureza da realidade como é concebida no hinduísmo e no yoga. Alguns consideram sat sit ananda como o mesmo que Deus ou Brahman, a realidade absoluta. Outros usam como um termo para descrever a experiência de realizar a unidade e a plenitude de toda a existência. É dito que sat sit ananda é a fonte de toda a consciência e de toda a perfeição. Experimentar sat sit ananda é alcançar o objetivo final da jornada espiritual no hinduísmo ou no yoga.
Por sua vez, Saccidānanda (substantivo) é um termo sânscrito que significa “ser, consciência, bem-aventurança”. Ele é usado como um sinônimo para os três atributos fundamentais de Brahman, na filosofia vedântica. Ele é a experiência suprema de pura consciência, unidade e realidade absoluta.
sat sit ananda e saccidānanda são termos que expressam a devoção e a união com Deus, que é a verdade suprema e a realidade de tudo o que existe. Ambos são usados para meditar, orar, cantar e abençoar. Eles trazem paz, harmonia, sabedoria e amor para quem os entoa.
Enfim: Sat Sit Ananda são os três atributos que, juntos, são a mais próxima definiição do próprio Uno, isto é:
“A COSNSCIÊNCIA OU A VERDADE DO ÊXTASE ABSOLUTO OU ETERNO”.